Ex-namorado matou jovem grávida de 7 meses; confissão gerou revolta e tumulto no Fórum

Populares cercam carros na saída do
Fórum, nessa segunda (6), e tentam
linchar acusado. Foto: Jaldene Nunes

Menos de 48 horas depois de achado o corpo da jovem Shayda Munielly Camargo de Oliveira Maia, que tinha 17 anos, estava no 7º mês de gestação e foi dada desaparecida por sua família na quinta-feira (2), em Jaraguá, o homicídio foi esclarecido com a confissão ––obtida nessa segunda-feira (6), pela Polícia Civil da cidade–– do ex-namorado dela, também menor de idade.

O crime ocorreu no dia 2 deste mês, mesma data do sumiço da garota, mas, somente no sábado (4), o corpo da jovem foi localizado, depois da recaptura, ainda na sexta (3), de um foragido do Presídio de Jaraguá, que o viu enquanto empreendia fuga, passando pelo Parque Estadual da Serra de Jaraguá. Recapturado pela PM, Paulo Vítor de Freitas, o Neguim, falou do achado do cadáver e deu a sua localização à Polícia, que fez as buscas na manhã seguinte.

Desde o primeiro momento, o delegado Marco Antônio Maia Júnior, titular da 15ª DRP, sediada em Goianésia, que comandou as investigações, descartou a possibilidade de suicídio e passou a colher provas que resultaram no esclarecimento total do crime. Ao falar da elucidação do caso, disse que foi fruto de um trabalho árduo de toda a sua equipe.

Ao blog, o delegado contou sobre a motivação do crime, conforme ainda a confissão do acusado, que seria o indesejável filho que Shayda esperava e dizia ser dele:



Nessa segunda, depois de concluído o caso pela Polícia Civil, o Ministério Público já representou contra o infrator, ao Judiciário, que, na mesma data, realizou a Audiência de Apresentação, na qual o juiz da Vara da Infância e da Juventude de Jaraguá, Liciomar Fernandes da Silva, ouviu o menor, na presença de seu advogado, um defensor público nomeado para tal, e do promotor Everaldo Sebastião de Sousa.

Dada a comoção que o crime provocou na cidade, centenas de pessoas se aglomeraram diante do Fórum de Justiça, à espera da saída do acusado, no meio da tarde dessa segunda, a fim de linchá-lo.

Foi preciso reforço policial para conter a fúria dos manifestantes, liderados por familiares e amigos da vítima. Uma viatura da PM chegou a ser atingida por objetos lançados pelos populares, além de um VW Gol preto, o que custou a detenção de um dos populares, liberado após pagamento de fiança arbitrada pela autoridade policial.

Ao término da audiência, o juiz determinou o recolhimento do acusado a um centro de internação para menores em Goiânia. O próprio juiz, ouvido por este blogueiro, disse não poder dar maiores detalhes do processo, porque esse corre em segredo de justiça.