segunda-feira, 27 de abril de 2015

Bando que sequestaria gerente de banco queria R$ 500 mil; jaraguenses não tinham passagem

Josimar, o Sadan, no primeiro plano,
e Cleuton, o Goiano, sendo conduzidos
para viatura do GT3, no fim da tarde
desta segunda. Foto: Jaldene Nunes
Nenhum dos 3 jaraguenses envolvidos com a organização criminosa que arquitetava sequestrar o gerente do banco Siccob de Jaraguá, plano abortado pela Polícia Civil de Goiás nesta segunda-feira (27)––, tinha qualquer envolvimento anterior com o crime.

Ao todo, o grupo liderada por Nilton Moura de Sousa, 53 anos, planejava "lucrar" R$ 500 mil com a ação criminosa, montante que seria rateado entre os 6 acusados.

As revelações foram feitas, no fim da tarde desta segunda, pelo delegado Tibério Martins Cardoso, titular da Delegacia de Polícia de Jaraguá, depois de ter qualificado o bando ––o líder, que tem o apelido de Índio, é de Palmas, capital do Tocantins, em cujo estado já integrou os quadros da Polícia, da qual, sempre de acordo com o delegado, teria sido expulso.

Atraído pela lábia de Índio, no entanto, o guia de roupas Cleuton Aparecido Mendes, o Goiano, 34 anos, ingressou no plano criminoso, e convenceu Davi Wesley Oliveira, 20 anos, que reside em Artulândia, e, posteriormente, Natan Rodrigues Leite, o Cowboy, 25 anos, a também passaram a integrar o bando.

Segundo o delegado, Índio tinha vindo a Jaraguá, em novembro do ano passado, a princípio, para comprar roupas. Na época, conheceu Cleuton. Posteriormente, propôs para Cleuton a ação criminosa, o que foi aceito pelo guia.

De acordo com as investigações, Cleuton alugou uma casa de Davi, que serviria para hospedagem do grupo.

Davi é o que teve participação de menor importância no fato, de acordo com o delegado Tibério. “Ele alugou a casa, estava sabendo do crime, mas a participação dele, inclusive, na divisão dos ‘lucros’, seria um pouco menor do que a dos demais”.

Depois de alugado o imóvel, ainda de acordo com as investigações, o guia de roupas entrou em contato com o Natan (Cowboy), que também aceitou integrar o plano criminoso.

Os outros 2 integrantes do bando ––Josimar Araújo Silva, o Sadan, 24 anos, e Willian Gomes Teixeira, o Dimenor, 20 anos, ambos também do estado do Tocantins–– eram liderados pelo Índio.

INVESTIGAÇÃO
Toda a ação criminosa foi descoberta por meio de investigação do GAB (Grupo Antirroubo a Bancos), um grupo ligado à Deic (Delegacia Estadual de Investigações Criminais), com sede em Goiânia.

O delegado Tibério não soube informar há quanto tempo o bando era monitorado.

Um dos envolvidos, que a autoridade policial não informou o nome, já era monitorado e, através dele, chegou-se ao bando.

De acordo com o delegado Tibério Martins, os 6 acusados foram enquadrados nos crimes de tentativa de extorsão mediante sequestro; pela nova Lei de Organização Criminosa; e por porte ilegal de arma de fogo de uso permitido. Todos estão à disposição da justiça.

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